Quais pacientes têm indicações para cirurgia?
- Pacientes jovens que desejam manter um estilo de vida ativo.
- Esportes envolvendo atividades de torção (por exemplo, futebol, basquete, , jiu-jitsu, capoeira, judô, vôlei, esqui).
- Falseios do joelho com atividades da vida diária.
- Pessoas com ocupações perigosas (por exemplo, policiais, bombeiros).
Como deve ser a preparação muscular para a cirurgia?
É aconselhável fazer fisioterapia antes da cirurgia para recuperar o movimento completo do joelho e fortalecer os músculos, tanto quanto possível.
Fisioterapia pré-operatória (antes da cirurgia) é fundamental para preparar melhor o joelho para a cirurgia e desta forma conseguir uma recuperação muito mais rápida no pós operatório.
Cada caso é avaliado individualmente e um protocolo de reabilitação será montado de acordo com a avaliação.
Qual o momento ideal para realizar a cirurgia?
Hoje é aceito que a reconstrução do LCA não deve ser feita até que o joelho tenha se recuperado da fase inflamatória aguda – depois que a dor e inchaço tenham sido resolvidas e o movimento completo do joelho seja alcançado. Intervenções na fase aguda são indicadas apenas em casos de bloqueio do joelho causado por uma lesão do menisco em alça de balde, pois essa lesão de menisco precisa ser suturada o mais rápido possível.
As pesquisas mostram que, atrasos na reconstrução do LCA maiores que 4 meses desde a lesão, estão associados com maior índice de lesões de menisco e cartilagem .
Idealmente, e particularmente em pacientes jovens, a reconstrução do LCA deve ser feita após a resolução dos sintomas agudos e não deve demorar mais que 5 meses a partir da data da lesão.
Qual é o tipo de anestesia indicado para a reconstrução do LCA?
Uma consulta com o Anestesista será feita alguns dias antes da cirurgia. Nesta consulta, será decidido qual o tipo ideal de anestesia para cada caso.
Técnica Cirúrgica
As técnicas cirúrgicas melhoraram significativamente na última década. As complicações foram reduzidas e a recuperação hoje é muito mais rápida do que no passado.
A cirurgia é realizada por vídeo e os cortes são feitos apenas para a retirada dos enxertos. O ligamento rompido é utilizado para proporcionar células e vascularização para que o novo ligamento se reintegre mais rapidamente ao organismo, esta técnica é também chamada de cirurgia biológica. A preparação do local onde o ligamento será colocado é a parte mais importante da cirurgia.
O Dr. Denys Aragão, utiliza a técnica Anatômica Inside-Out, ou seja, os túneis são perfurados no osso para receber o novo enxerto, exatamente no local onde estava o ligamento original. Com esta técnica tanto os atletas profissionais quanto os amadores se recuperam muito mais rápido. Estudos recentes demonstraram que pacientes que foram submetidos à reconstrução do LCA com a técnica Biológica, tem menor chance de uma nova ruptura.
O enxerto, que substitui o LCA antigo, pode ser retirado do tendão do patelar (na frente do joelho) ou dos flexores (atrás da coxa). Há vantagens e desvantagens de cada um dos enxertos e a decisão final é baseada na experiência do cirurgião, atividades e perspectivas de cada paciente, assim o enxerto é escolhido de forma personalizada.
Após o enxerto ser passado através do túnel na posição anatômica, o novo ligamento é fixado ao osso do fêmur com um dispositivo chamado Endobutton e na tíbia com um parafuso de interferência bioabsorvível.
As outras estruturas no interior do joelho (meniscos, cartilagem) também são visualizadas, e qualquer outra lesão associada será tratada no mesmo tempo da cirurgia do ligamento .
A ferida é então fechada, com pontos internos, para uma cicatrização mais estética. O dreno é colocado na articulação para evitar inchaço, limitação do movimento e dor. Um curativo a prova de água e utilizado para cobrir as incisões após terminar a cirurgia. Assim que o curativo é feito, uma meia de compressão pneumática é colocada nas duas pernas, para melhorar a circulação e assim evitar complicações como trombose. Uma bolsa de gelo é aplicada ao joelho operado, após a colocação da meia.
