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Quando está indicado a cirurgia para reconstrução do LCM?

A reconstrução cirúrgica é recomendada para lesões do LCM que não cicatrizam apesar do tratamento não cirúrgico adequado, aquelas que causam instabilidade crônica ou associadas a outras lesões ligamentares.

Quais são as contra-indicações para a cirurgia?

A reconstrução do ligamento colateral medial é contraindicada em pacientes com alterações degenerativas no compartimento medial ou lateral, infecção ativa, instabilidade ligamentar e presença simultânea de outras doenças crônicas que podem dificultar o manejo cirúrgico ou a adesão às instruções de reabilitação pós-operatória.

Reconstrução do Ligamento Colateral Medial: Técnica cirúrgica

Reconstrução do Ligamento Colateral Medial - Cirurgia | Dr. Denys AragãoA reconstrução do ligamento colateral medial é uma técnica minimamente invasiva que envolve o uso de um enxerto de tendão para reconstruir o LCM lesado.

O procedimento é realizado sob anestesia Raqui, Peridural ou sedação + bloqueio de nervo. No entanto, uma consulta com o anestesista será feita antes da cirurgia para definir qual a melhor opção para cada caso.

Uma artroscopia de joelho é realizado para descartar qualquer lesão associada, incluindo ruptura do ligamento cruzado anterior (LCA) e do ligamento cruzado posterior (LCP). Neste momento o tratamento de outras lesões associadas é realizado no mesmo tempo cirúrgico.

O procedimento cirúrgico da reconstrução do ligamento colateral medial envolve as seguintes etapas:

Através de um pequeno corte, um enxerto da região posterior da coxa é retirado e preparado – Normalmente se utiliza o semitendídeno como enxerto.

Para expor o LCM rompido, uma incisão de 3 cm é feita longitudinalmente sobre o côndilo femoral medial.

O enxerto é fixado no fêmur e na tíbia exatamente no local onde o ligamento rompido estava. Esta técnica é também chamada de Anatômica. Esta técnica proporciona uma recuperação mais rápida com uma maior estabilidade do joelho.

O enxerto de LCM é tensionado, com o joelho a 20 ° de flexão sob estresse em varo, e fixado na tíbia e fêmur com parafusos aborvíveis.

A tensão no enxerto é confirmada e o tecido subcutâneo e a pele são fechados.

Ao terminar a cirurgia a ferida é então fechada, com pontos internos, para uma cicatrização mais estética. O dreno é colocado na articulação para evitar inchaço, limitação do movimento e dor.  Um curativo a prova de água é utilizado para cobrir as incisões após terminar a cirurgia. Assim que o curativo é feito, uma meia de compressão pneumática é colocada nas duas pernas, para melhorar a circulação e assim evitar complicações como trombose. Uma bolsa de gelo é aplicada ao joelho operado, após a colocação da meia. Utiliza-se um imobilizador fixo de joelho para proteger o ligamento reconstruído. O uso do imobilizador é interrompido por volta de 4 a 6 semanas.

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